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O Brasil tem jeito?

A corrupção é outro câncer maligno que consome a riqueza da nação

“Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em autossacrifício; então poderá afirmar, sem medo de errar, que sua sociedade está condenada.”

Essa citação da filósofa russo-americana Ayn Rand (uma judia fugitiva da Revolução Russa), da década de 1920, traduz o sentimento da sociedade brasileira atual. Nosso país é um gigante em todos os aspectos, porém tem sido apequenado por uma classe política mesquinha e incompetente.

A história mostra que os países mais desenvolvidos do mundo apostaram na força de trabalho de seu povo como mola propulsora. Esses governos incentivaram o empreendedorismo e a indústria, com menos impostos, regras claras e confiáveis e respeito à meritocracia.

Não tem sido o caso do Brasil. A carga tributária altíssima, a burocracia asfixiante e a instabilidade das leis têm gerado mais dúvidas do que certezas naqueles que investem ou gostariam de investir no País. Isso emperra o crescimento e prejudica principalmente o trabalhador comum.

A corrupção presente em todo lugar é outro câncer maligno que consome a riqueza da nação. O dinheiro que deveria ser investido em melhorias públicas vai parar no bolso dos bandidos engravatados. Não será possível tirar o Brasil da UTI enquanto essa sangria não for estancada.

Temos riquezas naturais, clima variado, terra produtiva e uma série de outras vantagens que colocariam nosso país no topo do desenvolvimento, porém o enfraquecimento da classe produtiva – trabalhador, empreendedor, industrial – tem prejudicado esse avanço.

Programas de transferência de renda são importantes, mas não um fim em si. O cidadão só alcançará sua plenitude e o país crescerá quando o trabalho for estimulado e a produção estiver no centro das atenções do governo, seja ele qual for.

O Brasil ainda tem jeito, mas respira por aparelhos. É hora de discutirmos o que realmente importa para todos nós, sem ataques infundados ou promessas eleitorais vazias. Fique atento, caro leitor.

Marcos Pereira, advogado e presidente nacional do PRB

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