Olá republicanos de todo o Brasil!
Desde o dia 22 de janeiro percorri nove estados para dar posse aos novos presidentes regionais do PRB. A peregrinação começou na Bahia e terminou no Piauí, na última sexta-feira (20). Há ainda um décimo estado, mas a data foi adiada.
Em todos os lugares, levei uma única e essencial mensagem aos brasileiros de bem: o resgate da prática da boa política. Essa mensagem tem renovado a esperança de muita gente na política.
Compartilho com vocês na íntegra, abaixo.
As mudanças muitas vezes não são compreendidas, mas elas precisam acontecer. Costumo citar o filósofo grego Heráclito, que com sabedoria sentenciou: “Nada é permanente, exceto a mudança”.
Os presidentes estaduais têm pela frente quatro grandes desafios, sendo que três deles são práticos e objetivos:
1 – Desenvolver o PRB nos municípios;
2 – Montar grupos competitivos para as eleições de 2016;
3 – E no mínimo triplicar o número de prefeitos e vereadores no estado.
O quatro desafio, o mais difícil deles, é convencer o povo brasileiro de que o PRB representa o resgate da boa política.
É difícil não por conta do PRB, mas porque os brasileiros perderam a fé na política e nos políticos.
Esse descrédito todo é compreensível tendo em vista essa sucessão de escândalos, mas é nocivo, e justamente por isso temos o dever de revertê-lo.
Diante disso, quero aproveitar o momento para fazer uma reflexão com vocês sobre os rumos do nosso país.
O Brasil e o mundo passam por momentos de agitação e de incertezas, e isso requer de nós sabedoria para lidar com o futuro das pessoas.
O péssimo exemplo de muitos políticos contribui para essa má fama da política como um todo, que é uma atividade nobre. É como disse Henry Kissinger, diplomata e ex-secretário de Estado dos EUA: “90% dos políticos dão aos 10% restantes uma péssima reputação”.
No entanto, há inúmeras coisas boas acontecendo. Temos que separar o trigo do joio. Toda generalização é estúpida.
O termo “política” vem do grego “polis”, que significa “cidade”. A cidade era, para os gregos, um espaço seguro onde os homens podiam se dedicar à busca da felicidade. O político, portanto, seria o cuidador desse espaço público de convergências.
Há políticos por vocação, raridade hoje, e políticos profissionais – aos montes por aí. Eu quero que vocês prestem bastante atenção na diferença.
A palavra “vocação”, do latim “vocare”, quer dizer “chamado”. Logo, um político por vocação atende a um chamado. Ele trabalha não por que ganha algo em troca, embora seja lícito, mas porque ama o que faz. Na vocação o prazer reside na própria ação de fazer o que tem que ser feito. É a arte de transformar sonhos em realidades.
Já os profissionais da política não estão de fato preocupados com a “polis”, com a cidade. O prazer destes homens não está na ação de fazer o bem, mas no ganho que isso proporciona. Eles usam o espaço de todos, público, para construir seu espaço privado – muitas vezes privilegiado.
A vocação política é nobre. A profissionalização é vil. O futuro do Brasil depende dessa luta entre vocacionados e profissionais, entre aqueles que atendem ao chamado para servir a todos, contra os que usurpam do que é público para benefício particular.
Disse o filósofo Voltaire: “Servir só para si é não servir para nada”.
Lamentavelmente, muitos que sentem o chamado da política não têm coragem de atendê-lo por medo de serem confundidos e levados à vala comum dos políticos profissionais. E isso cada vez mais afasta as pessoas de bem da vida pública, o que é um perigo para o País.
Por isso falo especialmente aos brasileiros de bem: apaixonem-se pela política. Ocupem os espaços públicos, discutam o futuro da sua cidade e da nação. Os profissionais não querem vocês lá e farão de tudo para colocá-los de canto nas decisões mais importantes.
Os brasileiros perderam a fé nos políticos, então devemos trabalhar para restaurar essa confiança perdida. E não existe outra forma de fazer isso a não ser pelo bom exemplo.
Republicanos: não se esqueçam de que vocês são vocacionados, que atendem a um chamado, a uma missão. Façam o seu melhor sempre. Ajudem o Brasil.
Mais do que nunca, o desafio do PRB hoje é resgatar a prática da boa política. É convencer as pessoas de que há esperança, e que isso só depende de nós.
Somente a mudança de pensamento, e de comportamento, vai tirar o Brasil dessa crise de confiança que estamos passando. Isso, repito, depende de todos nós.
A todo cidadão de bem eu insisto: entre para a política. Quem diz que não gosta de política é porque ainda não entendeu que será governado por quem gosta. E esses que gostam muitas vezes não são as melhores opções.
Boa semana!
Marcos Pereira – presidente nacional do PRB