A eleição mal terminou e já vemos partidos disputando publicamente a ocupação de ministérios, secretarias e cargos tanto no governo federal como nos estaduais. A sanha por espaço parece transcender o interesse público.
Esse jogo faz parte do nosso sistema político. Nos Estados Unidos, por exemplo, também funciona assim. Para se construir a governabilidade, a presidente e os governadores acabam cedendo aos partidos esses espaços na gestão.
Como tudo isso funciona? Vamos falar do Congresso Nacional, especificamente. Para conseguir aprovar os projetos de seu interesse, a presidente precisa do apoio de um número mínimo de deputados federais e senadores.
Uma vez que a Câmara Federal contará a partir de 2015 com 28 partidos representados, a negociação desses apoios fatalmente passará pela disputa de cargos no governo. Prática comum, porém desgastada.
O PRB ocupa um ministério no governo federal e algumas secretarias estaduais. Nosso trabalho, porém, tem sido exemplar em todas essas frentes. No Ministério da Pesca, por exemplo, dobramos a produção do pescado.
Não é possível dizer ainda se continuaremos nesses cargos. Nem fazemos pressão pública por eles. Mas posso afirmar que honramos a confiança trabalhando muito e colocando os interesses públicos acima dos interesses partidários.
Penso que, mais do que nunca, os partidos precisam ter em mente que o governo está a serviço do povo brasileiro. A ocupação desses espaços é temporária e transitória, e cabe aos nomeados fazer um bom trabalho.
A corrupção só terá fim quando mulheres e homens públicos tiverem o povo em primeiro lugar. Ser transparente no trato político é o primeiro passo. É isso que o PRB defende e tem feito.
Marcos Pereira – presidente nacional do PRB